O setor de e-commerce fechou o ano de 2010 com faturamento de R$ 14,8 bilhões, um crescimento de 40% ante o faturamento de 2009, que foi de R$ 10,6 bilhões. Na 23ª edição do relatório WebShoppers, iniciativa realizada pela e-bit com apoio da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, a Copa do Mundo é apontada como um dos principais motivos para o crescimento. Segundo a pesquisa, o evento realizado em 2010 na África do Sul colaborou efetivamente para o aumento na venda de televisões, especialmente as de LCD, no Brasil.
A expectativa é que em 2011 o mercado tenha crescimento de 30%, chegando a faturar R$ 20 bilhões. A tendência aponta a franca expansão da categoria de moda e acessórios, que há quatro anos ocupava a 20ª posição nas vendas e hoje ocupa a 6ª colocação. Além disso, são esperados quatro milhões de novos compradores, apenas do primeiro semestre do ano, atingindo assim, a marca de 27 milhões de e-consumidores.
O diretor geral da e-bit, Pedro Guasti, analisa o período de maturação do setor. “As vendas superaram nossas expectativas. Com a pesquisa, conseguimos detectar que a população não está apenas comprando mais, mas está comprando produtos de mais valor. Isso mostra a grande aceitação do mercado”, detalha. De acordo com o relatório, apenas em 2010 foram feitos mais de 40 milhões de pedidos, divididos em uma base aproximada de 23 milhões de consumidores.
O setor de eletrodomésticos equivale a 14% das compras nos carrinhos virtuais, em segundo lugar ficam os livros e as assinaturas de revistas e jornais, com 12%; seguida de saúde, beleza e medicamentos com o mesmo percentual.
Mulheres e as compras coletivas
O WebShopper analisou dois grandes protagonistas da compra virtual: as mulheres e a população de baixa renda. No que se refere às mulheres, o crescimento ainda não bateu o tíquete médio gasto pelo homem no ano, que é de R$ 425,00. Em 2005, as consumidoras gastavam em média R$ 240,00. Hoje, o montante chega a R$ 314,00. Vale lembrar que essa pesquisa analisa a compra apenas de produtos.
Assim como ressalva Alexandre Umberti, diretor de marketing da e-bit, a presença da mulher é bem maior nos sites de compras coletivas. “Os próprios players que se colocam para venda são aqueles que geram compra por impulso; são as vendas de serviços. Esse é o mercado feminino”, explica.
Predomínio
O segmento de compras coletivas tem apenas um ano no Brasil, e já possui 1200 sites cadastrados. Apesar de o número ser exorbitante, Umberti acredita que com o tempo muitos vão deixar de existir já que nem todos vão conseguir se estabelecer. De acordo com ele, 80% do mercado de vendas de compra coletiva é pertencente a três empresas: ClickOn, GrupOn e Peixe Urbano.
Ainda de acordo com Gausti, as redes sociais vêm se posicionamento como ferramenta de marketing para os grandes grupos, com destaque para o Facebook. “Nesses grandes grupos existem áreas de inteligência pensando no e-commerce pelas redes sociais. Além ter o perfil no Twitter e Facebook, a publicidade pelas comunidades atinge o público certo. Ela só deve ser sutil, para que não se torne um marketing destrutivo”, aconselha.
Via Meio & Mensagem