O McDonald's está presente em 120 países, mas em pelo menos dois o Big Mac não é o carro-chefe da rede.
Na Índia, por causa da tradição hindu de não comer carne de vaca, foi criado o Maharaja Mac, de frango.
Na Argentina, o sanduíche virou produto de segunda e desapareceu da publicidade.
Não há nas lanchonetes de Buenos Aires propagandas do sanduíche. Ele foi deixado de lado pela linha Angus, cujo combo custa o dobro (40 pesos, ou R$ 17). No concorrente Burger King, o similar do Big Mac é o Whopper Doble. O combo é vendido por 37 pesos (cerca de R$ 15).
Segundo analistas, a suspeita é que a rede tenha desvalorizado o preço para atender às pressões do governo, que controla produtos para não impactar na inflação.
A rede nega "acordo de preços" e informa que os valores são "fixados segundo a estratégia de marketing".
O Indec (o IBGE argentino) não confirma, mas o Big Mac seria um dos itens consultados pelo instituto, sob a rubrica "consumo de sanduíches fora do lar", no cálculo da taxa oficial de inflação, suspeita de ser manipulada.
A Casa Rosada diz que o índice é de 9%, enquanto consultorias estimam em 25%.
"Essa é uma tentativa clara de ocultar o preço real. E há vários outros artigos que estão com o preço controlado", disse a consultora Graciela Bevacqua, do Buenos Aires City, instituto da Universidade de Buenos Aires.
Ex-diretora do Indec, Bevacqua disse que o valor do Big Mac sempre foi consultado para calcular a inflação.
Para economistas, um segundo motivo é sugerir uma paridade cambial com o dólar, que não existe há pelo menos uma década. De acordo com o índice Big Mac calculado pela "The Economist", o lanche argentino (US$ 4,84) vale quase o mesmo que o norte-americano (US$ 4,07).
A Secretaria de Comércio Interior, órgão responsável por acompanhar os preços, não quis se manifestar.
Via Folha de SP
Na Índia, por causa da tradição hindu de não comer carne de vaca, foi criado o Maharaja Mac, de frango.
Na Argentina, o sanduíche virou produto de segunda e desapareceu da publicidade.
Não há nas lanchonetes de Buenos Aires propagandas do sanduíche. Ele foi deixado de lado pela linha Angus, cujo combo custa o dobro (40 pesos, ou R$ 17). No concorrente Burger King, o similar do Big Mac é o Whopper Doble. O combo é vendido por 37 pesos (cerca de R$ 15).
Segundo analistas, a suspeita é que a rede tenha desvalorizado o preço para atender às pressões do governo, que controla produtos para não impactar na inflação.
A rede nega "acordo de preços" e informa que os valores são "fixados segundo a estratégia de marketing".
O Indec (o IBGE argentino) não confirma, mas o Big Mac seria um dos itens consultados pelo instituto, sob a rubrica "consumo de sanduíches fora do lar", no cálculo da taxa oficial de inflação, suspeita de ser manipulada.
A Casa Rosada diz que o índice é de 9%, enquanto consultorias estimam em 25%.
"Essa é uma tentativa clara de ocultar o preço real. E há vários outros artigos que estão com o preço controlado", disse a consultora Graciela Bevacqua, do Buenos Aires City, instituto da Universidade de Buenos Aires.
Ex-diretora do Indec, Bevacqua disse que o valor do Big Mac sempre foi consultado para calcular a inflação.
Para economistas, um segundo motivo é sugerir uma paridade cambial com o dólar, que não existe há pelo menos uma década. De acordo com o índice Big Mac calculado pela "The Economist", o lanche argentino (US$ 4,84) vale quase o mesmo que o norte-americano (US$ 4,07).
A Secretaria de Comércio Interior, órgão responsável por acompanhar os preços, não quis se manifestar.
Via Folha de SP