sexta-feira, 13 de maio de 2011

Marca de Gisele Bündchen deve faturar R$ 30 mi por ano

Gisele em desfile de sua marca em parceria com a Hope, em São Paulo; peças estarão nas lojas no dia 25

Gisele Bündchen mudou de estratégia. A modelo, considerada pela revista "Forbes" a mais bem paga do mundo, terá a primeira marca própria com seu nome --uma linha de lingeries produzida em parceria com a Hope. Até agora, Gisele havia apenas emprestado seu nome para coleções de outras marcas. Sua empresa de cosméticos, a Sejaa, não carrega o famoso sobrenome.
A Gisele Bündchen Brazilian Intimates foi lançada na noite de quinta-feira, em São Paulo, em um desfile para cerca de 500 convidados, e estará nas lojas a partir do dia 25 deste mês.
Será a primeira vez em que Gisele aparecerá de lingerie em uma passarela brasileira e também a primeira desde que deixou o time da marca Victoria's Secret, há anos.
A Hope não divulga os números de investimentos, mas prevê que no médio prazo (entre dois e três anos), a nova linha deva faturar cerca de R$ 30 milhões por ano. O negócio funcionará com um modelo de royalties, em que a Hope pagará um percentual do faturamento à modelo. Serão três novas coleções por ano, com preço médio de R$ 100 por peça.

De acordo com Carlos Eduardo Padula, diretor comercial da Hope, cerca de 1.000 pontos de vendas e 61 lojas próprias (franquias) da marca --em todo o Brasil-- vão vender a linha de Gisele inicialmente.
O número, porém, pode subir para entre 2.000 e 3.000 pontos no país, dependendo da demanda. "Eu não acredito que seja um produto para todos os pontos de venda", afirma. Inicialmente, os produtos não serão comercializados nas lojas da Hope no exterior (3 em Portugal e duas em Israel).
A Brazilian Intimates será lançada com cerca de 50 peças, todas produzidas e distribuídas pela Hope. A empresa também será responsável pela campanha de marketing da marca, que terá início em agosto, de acordo com Padula.

Gisele já era a garota propaganda da Hope desde o ano passado e vai manter o posto pelo menos até o encerramento de seu contrato, no final de 2012. Para o diretor, As imagens das duas marcas --ambas com fotos de Gisele-- podem se confundir em um primeiro momento, mas isso não preocupa.
"Acho que isso vai gerar menos confusão e muito mais um reforço dessa sinergia de Gisele como a imagem que a Hope quer passar para o mercado brasileiro", diz.
"Fizemos um investimento bastante significativo, e um evento de lançamento grande também", diz Padula. O público da linha são mulheres de classes A e B, entre 20 e 40 anos.
A Hope espera que seu faturamento cresça 40% neste ano, e prevê a abertura de 60 lojas até dezembro. Nos próximos quatro anos, a meta é chegar a 300 lojas próprias.

Via Folha de São Paulo