terça-feira, 31 de janeiro de 2012

DIGITAL | Potencial do Facebook é questionado

Será que o Facebook é uma máquina de crescimento inesgotável ou já há sinais de que sua influência cada vez maior sobre a web está perto de atingir seus limites?
E será que a empresa, explorando as imensas dimensões de sua audiência, será capaz de gerar dinheiro bastante para justificar as exageradas expectativas que fazem de sua oferta pública inicial de ações o evento mais aguardado por Wall Street em muito tempo?
São essas as questões que ocuparão a semana, enquanto a maior rede social do mundo se prepara para apresentar a documentação inicial de abertura de seu capital, o que deve acontecer em maio. A empresa pretende apresentar a documentação amanhã. Estima-se que a empresa atinja valor de mercado de US$ 100 bilhões.
Embora a maioria das empresas de tecnologia que obtêm rápido crescimento busque abrir seu capital em estágio anterior de sua trajetória, o Facebook preferiu esperar mais antes de colocar ações no mercado, para que seus principais executivos concentrassem sua atenção nas operações essenciais.
Como resultado, sua influência mundial e seu valor nos mercados secundários privados (negociação de papéis em empresa sem capital aberto) dispararam, ainda que isso tenha também despertado questões sobre o nível de crescimento que a companhia ainda pode apresentar.

ESTABILIZAÇÃO
"O que realmente precisamos ter em conta é se estamos vendo uma estabilização no crescimento e no envolvimento dos usuários", diz Anupam Palit, analista sênior de ações da GreenQuest Capital.
"O crescimento nos emergentes deve continuar espantoso, por enquanto, mas precisamos determinar se o tempo dedicado a ouvir música e comprar produtos no site também continua crescendo."
O Facebook tem 800 milhões de usuários. Até agosto devem ser 1 bilhão.
Uma questão central será determinar se o Facebook conseguirá avançar para além de suas formas iniciais de publicidade e desenvolver novas formas de receita que explorem a posição singular de que desfruta na web.
"O verdadeiro exercício de ligar os pontinhos é determinar quantos membros eles têm; que profundidade de informação a companhia tem sobre eles; e quantos anos será preciso para que ela compreenda como monetizar plenamente esses fatores", diz Kevin Landis, vice-presidente do Firsthand Value Technology Fund, que tem cotas do Facebook.
Mesmo no curto prazo, a expectativa é que os documentos demonstrem o sucesso inicial do Facebook em seus esforços para faturar mais. A receita da empresa em 2011 é estimada entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões e pode chegar a entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões em 2012, o que colocaria a empresa em posição intermediária entre as companhias do ranking "Fortune 500".

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

POLÊMICA | McDonald's vai trocar receita de hambúrguer



O McDonald's vai mudar a receita de seu hambúrguer nos Estados Unidos, informou nesta quinta-feira (26) o "Mail Online".
De acordo com o jornal, a alteração foi motivada pela campanha iniciada há dois meses contra o McDonald's pelo chefe de cozinha e ativista Jamie Oliver. Ele descobriu e divulgou que o processamento da carne usada no recheio de seus hambúrgueres utilizava hidróxido de amônio na conversão de sobras de carnes gordurosas.
O hidróxido de amônio é um fermento utilizado para controlar a acidez da carne e deixá-la livre de bactérias.
"Basicamente, nós estamos levando um produto que seria vendido na forma mais barata para cães e após este processo, podemos dar aos seres humanos. Por que qualquer ser humano sensato colocaria carne cheio de amônia na boca de seus filhos?", disse Oliver em seu programa de televisão.
De acordo com o "Mail Online", o processamento da carne é realizado pela empresa BPI (Beef Products Inc) e, segundo o jornal, nunca foi usado em hambúrgueres de carne bovina no McDonald's do Reino Unido e da Irlanda.

BRASIL
A Arcos Dorados, empresa que opera a marca no Brasil e nos demais países da América Latina, afirmou que o aditivo em questão "não é e nunca foi utilizado como ingrediente em qualquer processo da cadeia produtiva da marca" na região.
"A companhia acrescenta que os hambúrgueres [na América Latina] são preparados com 100% de carne bovina e que toda a produção é validada pelas autoridades regulatórias locais."

PROIBIÇÃO
Geral Zirnstein, microbiologista do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos apoiou a campanha de Oliver e disse ao jornal que a utilização do hidróxido de amônio deve ser proibida.
O McDonald's negou que a mudança na receita do hambúrguer foi forçada pela campanha de Oliver.
Todd Bacon, diretor do Sistemas da Qualidade da empresa nos Estados Unidos disse que "a segurança de alimentos tem sido e continuará a ser uma prioridade no McDonald's" e que "a decisão de retirar os produtos do sistema do BPI não está relacionada a qualquer evento específico".
Ninguém do BPI foi encontrado para comentar o assunto ao "Mail Online".